UMA JORNADA PELA IGUALDADE DE GÊNERO

Estudantes debatem o que é machismo e como construir uma sociedade melhor

Durante uma aula de Literatura, do professor Nilton Colombo, os estudantes do Ensino Médio foram convidados a refletir sobre a igualdade de gênero. Após assistirem trechos do documentário “Precisamos falar com os Homens?”, os alunos, o professor, o psicólogo Caio Gabriel e a jornalista e também professora, Sonia Soluna, iniciaram um debate sobre o que é o machismo e a discriminação que as mulheres sofrem

na política, no ambiente de trabalho e nas relações domésticas. E como isso pode se transformar, em casos extremos, em violência contra o sexo feminino. Pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que em 2018 uma em cada quatro mulheres passou por violência no Brasil. “Nós, meninas, quando andamos na rua podemos perceber o machismo quando homens, até mesmo muito mais velhos que nós, mexem com a gente”, relatou a estudante Júllia Moron. “Quando um homem mexe comigo na rua, eu me sinto ofendida, mas tenho medo de responder”, contou a aluna Valentine Boutsiavaras. Durante o bate-papo, todos refletiram sobre questões como: Por que muitos homens repetem modelos estereotipados de como devem ser? Quais são os seus sofrimentos em decorrência disso? Como os homens percebem o seu papel na relação com as mulheres e sociedade, hoje e amanhã? “Em casa, eu fui criado para evitar comportamentos machistas, mas a gente sabe que isso não é comum”, afirmou o estudante João Henrique Alvarenga. Ao final do debate com as três turmas, todos perceberam que precisamos avançar juntos, por meio de mais acolhimento, compaixão, tolerância, paciência e generosidade. “Com conhecimento e informação nós podemos combater a desigualdade”, disse a estudante Ana Carolina Queiroz. “Essas conversas são importantes, pois são uma maneira de fazer os alunos refletirem hoje para serem adultos mais conscientes no futuro”, declarou o professor Nilton. “Eles escutam, processam e armazenam informações. E essa é uma maneira de transformar futuras gerações”, concluiu o psicólogo Caio.